Polícia Civil investiga o crime em Guarujá (SP). A vítima, de 20 anos, disse à corporação que o homem usava termos como “cachorra” e “piriguete” em supostas brincadeiras com as mulheres da equipe.

O chefe de cozinha suspeito de estuprar uma funcionária no banheiro de uma unidade do Habib’s em Guarujá, no litoral de São Paulo, usava termos como “cachorra” e “piriguete” em supostas brincadeiras com as mulheres da equipe. As informações constam no depoimento da vítima à Polícia Civil, obtido pelo g1. Em nota, a empresa confirmou o desligamento do homem.

A vítima, uma auxiliar de cozinha de 20 anos, disse à polícia que dividia o turno da noite com o suspeito na data do crime. Na ocasião, ele teria entrado em um banheiro onde ela estava e exigido que abaixasse as calças. O homem também teria colocado o dedo nas partes íntimas dela.

Segundo o depoimento, o suspeito afirmou que o crime era uma forma de se vingar do namorado dela, que também trabalha no local e, de acordo com ele, faltava muito ao serviço.

A mulher relatou à corporação que o homem tinha o costume de fazer supostas brincadeiras com ela e com outras funcionárias, chamando-as de “piriguete” e “cachorra”, entre outros xingamentos. Ela garantiu, porém, que nunca teve intimidade com ele.

Estupro

Segundo o depoimento, o suspeito não tinha contato diário com a vítima, pois ambos trabalhavam em turnos diferentes. No dia 12 de dezembro, porém, ele mudou de horário para cobrir uma folga do namorado dela, que também é chefe de cozinha.

A mulher disse ter encerrado o serviço por volta de 4h40 e, em seguida, entrado no banheiro para se trocar. Ela relatou, porém, que o suspeito também entrou no local e exigiu que abaixasse as calças para que ele pudesse ver o tamanho da genitália dela.

Após tocar as partes íntimas da mulher, o homem deixou o banheiro dizendo que ainda transaria com ela, segundo o depoimento. A vítima disse à polícia que ficou transtornada e, por isso, não teve reação.

Polícia

A jovem denunciou o crime na Delegacia de Guarujá, onde foi encaminhada para exame sexológico no Instituto Médico Legal (IML) e para atendimento no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), por meio de nota, informou que o caso foi registrado como estupro na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarujá. “Demais detalhes serão preservados devido à natureza da ocorrência”, declarou a pasta.

Habib’s

Em nota, o Grupo Habib’s informou que não tolera qualquer conduta que viole os valores éticos da empresa.

“Assim que tomamos conhecimento do ocorrido, o envolvido foi imediatamente desligado. Estamos prestando apoio à funcionária e colaborando com as autoridades para a completa apuração dos fatos”, declarou a companhia.